18 de junho de 2012

Nos dias 15 e 16 de junho aconteceu na UEL o evento "Rio+20 e as Desigualdades Sociais: desafios teórico metodológicos para as Ciências Sociais". Confira!

O evento "Rio+20 e as Desigualdades Sociais: desafios teórico metodológicos para as Ciências Sociais" contou com os alunos do PARFOR em Ciências Sociais, alunos de graduação de Ciências Sociais e demais alunos e profissionais da área ambiental. A mesa de abertura estava composta pelo coordenador do PARFOR em Ciências Sociais o prof. Paulo Bassani e o chefe de departamento do CLCH/UEL prof. Ronaldo Baltar. No período da tarde (dia 15) foram realizadas as 4 oficinas propostas, com os eixos: Erradicação da Pobreza e da Miséria; A Economia Verde; O cuidado com a Biodiversidade e Tratado de educação ambiental para Sociedades Sustentáveis. Durante à noite (dia 15) a palestra "Desafios para Sociedades Sustentáveis" foi conduzida pelo Prof. Bassani. Já na manhã de sábado (dia 16), o palestrante Luiz Figueira da Ecometrópole de Londrina apresentou o tema "Enfoques de desenvolvimento sustentável local". Na parte da tarde (dia 16) o prof. José Júlio Nunes Ferreira apresentou a palestra intitulada "Rumos da Rio+20: impactos e novas concepções". No encerramento foi apresentada a carta do evento produzida pelos participantes das oficinas. Leia abaixo.


CARTA DO EVENTO 
“RIO+20 e as Desigualdades Sociais: desafios teórico metodológicos para as Ciências Sociais”

Preâmbulo

Aos dias 15 e 16 de junho de 2012, na Universidade Estadual de Londrina, no Centro de Letras e Ciências Humanas (CLCH), estiveram reunidos alunos do Plano Nacional de Formação Docente (PARFOR em Ciências Sociais), alunos do curso de graduação em Ciências Sociais da UEL, estudantes e profissionais de áreas afins, no evento “Rio+20 e as desigualdades sociais: desafios teórico metodológicos para as Ciências Sociais”, com os objetivos de aprofundar os estudos acerca da Ecoconferência da Rio+20; integrar o PARFOR em Ciências Sociais com o curso de Ciências Sociais da UEL; promover interfaces acadêmicas universitárias com as atividades das escolas dos alunos do PARFOR; aprofundar as possibilidades das práticas do sociológo, antropólogo, cientista político e profissionais de áreas afins, diante dos desafios socioambientais. As seguintes palestras subsidiaram as discussões do evento: 01) Desafios para construção de sociedades sustentáveis ( Prof. Dr. Paulo Bassani); 02) Enfoques de desenvolvimento sustentável local ( Luiz Figueira – Ecometrópole Londrina) e 03) Rumos da Rio+20: impactos e novas concepções (Prof. Dr. José Julio Nunes Ferreira). 
Para a realização dos trabalhos aconteceram quatro oficinas com as seguintes designações: 01) Erradicação da pobreza e da miséria; 02) Economia Verde; 03) O Cuidado com a biodiversidade e 04) Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. Como fruto dos trabalhos e discussões geradas  emergiu a formulação de  princípios para cada eixo.

I – EIXO: ERRADICAÇÃO DA POBREZA E DA MISÉRIA
A erradicação da pobreza perpassa por aspectos muito amplos que envolvem os ambitos social, econômico e políticos. Para tanto devemos partir do pressuposto que é necessário iniciar tal reflexão através dos aspectos relevantes, como: Consciência coletiva, o envolvimento amplo das questões sociais, ambientais e econômicas que favoreçam a mudança de paradigmas (tanto nos modos de produções vigentes e do uso e consumo dos bens e mercadorias), para assim, produzir uma ação efetiva junto à sociedade.

II – EIXO: ECONOMIA VERDE
É aquela que resulta em melhoria do bem estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Sustenta-se sobre três pilares: pouco intensa em carbono; eficiente no uso dos recursos naturais; socialmente inclusiva.
Alertando para a questão de desenvolvimento que não se desvincula de exploração ou uso dos recursos naturais, mesmo que em forma de substituição de fontes e matérias primas. E, não perdermos de vista a relação efetiva entre o homem e a natureza desde os primórdios.

III – EIXO: O CUIDADO COM A BIODIVERSIDADE
O eixo sobre a biodiversidade contempla a preocupação com a manutenção equilibrada das formas de vida animal e vegetal no planeta. A relação homem e meio natural teve uma face de desequilíbrio no início da Revolução Industrial, onde houve o confronto do desenvolvimento da tecnologia em dependência da extração ilimitada de matérias da biodiversidade, provocando uma interferência negativa no equilíbrio ecológico. Diante disso, nas discussões atuais o uso sustentável dos recursos naturais torna possível a manutenção do equilíbrio ecológico entre os seres vivos. As ações positivas da sociedade em sua relação com as diversas formas de vida tem sua ação prática nos hábitos diários sustentáveis, na mobilização e formação política junto a cobrança de ações efetivas para a busca da proteção a biodiversidade e compromisso com as metas aprovadas na RIO+20.

IV – EIXO: TRATADO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS
Na Educação Ambiental, há uma grande distância entre informar e formar. Não basta transmitir inúmeras informações sobre o que se deve fazer e o que pode melhorar o ambiente: é preciso formar cidadãos conhecedores dessas questões, indivíduos que não só ouçam, mas que também procurem conhecer sobre a realidade ambiental. Indivíduos que se comprometam com as mudanças necessárias à qualidade ambiental de forma autônoma e responsável.  Só assim, com a Educação Ambiental, pode se construir na base do pensar e do agir, principio da responsabilidade com o outro, do bom senso, da cidadania e do respeito para a resolução dos problemas que são tanto individuais como coletivos, na busca por relações mais harmônicas entre todos, e com o ambiente.

Esta carta foi elaborada como resultado das reflexões dos trabalhos das oficinas do evento “Rio+20 e as desigualdades sociais: desafios teórico metodológicos para as Ciências Sociais” na Universidade Estadual de Londrina.

                                             Londrina, 16 de junho de 2012
                                               
Equipe Gestora do GEAMA

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